terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma primavera árabe udenista


Há algo de inusitado no comportamento de certos setores da imprensa brasileira em relação às manifestações contra a corrupção: saíram do apoio em matérias e editoriais para, suprema ousadia, dirigi-las desde as redações. Apelando às chamadas "redes sociais", sonham com massas sublevadas entoando slogans que reafirmem a sua pauta conversadora, com destaque para o voto distrital. 

Em que pese o raquitismo das manifestações, as manchetes de alguns jornais e de certa revista semanal remetem-nos a um mundo parecido com aquele da Praça Tahir, no Cairo, nos dias que precederam à queda do ditador Hosni Mubarak. Tudo se passa como se o país estivesse ruindo e uma nova ordem prestes a emergir. Obviamente, não descarto a possibilidade de que parcelas da população se deixem seduzir pelo canto da sereia e, em um futuro próximo, tomem as ruas e praças das grandes cidades brasileiras com antigas bandeiras da UDN nas mãos. Não parece ser essa a possibilidade mais forte, no entanto.


Quem, em domínio razoável de suas faculdades mentais, colocar-se-ia contra o combate à corrupção? O problema é que sabemos, pelo menos desde os tempos em que Carlos Lacerda incitava os militares contra Getúlio Vargas, que essa é a "bandeira de luta" que resta aos que não possuem mais bandeiras no terreno da política. O moralismo é o ocaso de qualquer política. É, acima de tudo, a aversão conservadora ao embate de posições no espaço público. Especialmente quando essas posições são alimentadas por interesses legitimamente construídos no duro chão da vida social.


Por Edmilson Lopes Júnior

De Natal (RN)

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A morte de kadhafi

Tampouco sabemos se o ex-ditador líbio teria sido morto em combate ou após ter-se rendido. Cameron, o chefe de governo daquela que se diz “a mais antiga democracia do mundo”, saudou essa morte, dando a entender que o mesmo deveria ser o destino de qualquer outro tirano. 

Amigos e inimigos

Supõe-se que as razões pelas quais os EUA, França e Reino Unido uniram-se no ataque a Kadafi tenham sido para proteger os civis que ele, supostamente, ameaçava. Ainda que a realidade mostre que centenas de milhares de civis foram mais afetados pelos bombardeios da Otan e de seus aliados do que pelos partidários de Kadafi.
 
Existem tiranos piores que Kadafi, muitos dos quais são déspotas na Ásia central e no Golfo da Guiné, que manejam seus respectivos Estados como propriedade privada e que eliminam toda dissidência, mas que são amigos do Ocidente e de suas companhias petrolíferas, que se enriquecem com esses regimes à custa de uma enorme desigualdade social interna.
 
Possivelmente, os regimes mais totalitários são os das seis monarquias absolutistas do Golfo Pérsico, onde a poligamia e o clericalismo são a norma; os partidos, igrejas e sindicatos podem ser proibidos, e as mulheres e a maioria trabalhadora de sua população pode carecer de direitos fundamentais e de cidadania.

No entanto, todos eles são muito amigos do Ocidente, são os construtores das novas super-obras de Londres e estão entre os principais financiadores e mentores do novo governo líbio, que se diz democrático, mas que restabeleceu o uso da bandeira e do hino da monarquia autocrática deposta pela revolução republicana de 1969.
 
Demonizações e cortejos

Esta demonização de Kadafi, por sua vez, contradiz a série de cortejos que até o início deste ano era objeto de Sarkozy, Berlusconi e Blair, para os quais Kadafi era um modelo porque mantinham negócios bilionários com eles, era o único regime nacionalista que havia autodestruído seu arsenal de armas de destruição massiva e era um de seus maiores aliados no mundo árabe contra a Al Qaeda.
Após a captura de Sirte, a cidade natal de Kadafi, o novo governo assegurou o controle do litoral líbio. Ainda que este fato e a possível morte de Kadafi sejam um incentivo para os rebeldes, não se descarta a possibilidade de que a coalizão enfrente contradições e lutas internas, e que se desenvolva uma resistência como aconteceu no Iraque e no Afeganistão, e que, diferentemente destes países, desta vez tenha um mártir como símbolo.
 
Por Isaac Bigio, retirado do site  Vistolivre
 
Pergunta que não quer calar: E voce o que acha? Kadafi morreu ou foi assassinado?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Corrupção: uma doença na política brasileira


Ao contrário do que pensa o ingênuo senso comum, não se pode afirmar que o brasileiro seja mais corrupto do que os membros de outras sociedades do mundo ocidental. A corrupção é comum para pessoas que têm acesso ao poder. Isso não é uma característica do Brasil.

Apesar de  não existirem pesquisas fazendo este tipo de comparativo, ninguém pode dizer que o Brasil tenha mais corrupção dentro dos escalões do governo e entre seus funcionários públicos, do que em outros países.  O que faz o Brasil ser Brasil, no contexto de tantas outras nações, não é a existência da corrupção, mas a falta de mecanismos mais eficientes de investigação e punição.

Nesse sentido, todas as escalas da estrutura do poder público no Brasil precisam, com certeza, de mecanismos de avaliação e também de punição mais eficientes. Todavia, essa constatação não deve servir para ratificar o entendimento simplista de que para acabar com a corrupção basta identificar, expurgar, punir os corruptos, pois uma laranja podre numa caixa estraga todas as outras.

Será que o governo, nas suas diversas esferas de poder, municipal, estadual ou federal, não é culpado por tantos servidores envolvidos com esse crime? É preciso refletir sobre isso, porque o fato de se livrar dos maus policiais, punindo, expulsando ou, até mesmo, matando, caso onde cabe bem o ditado: “cortar na própria carne”, de per si não proporcionará uma boa polícia.[...]

Por ANTONIO JORGE FERREIRA MELO, retirado do site http://aqueimaroupa.com.br

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Só universidade federal pode revalidar diploma de graduação a distância

A revalidação de diplomas de cursos de graduação a distância emitidos por instituições estrangeiras passa a ser de responsabilidade exclusiva das universidades federais credenciadas pelo Ministério da Educação, desde que ofereçam curso equivalente na mesma modalidade. A norma foi estabelecida pela Portaria normativa nº 21 do MEC, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 14, seção 1, página 15.

A consulta às instituições credenciadas para a oferta dessa modalidade de ensino pode ser feita na página eletrônica do Sistema de Consulta de Instituições Credenciadas para Educação a Distância e Polos de Apoio Presencial (Siead) do MEC. A relação dos cursos oferecidos está disponível no cadastro e-MEC. 





Assessoria de Imprensa da Seres
Sexta-feira, 14 de outubro de 2011 - 13:49

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Viver ...

‎'Inteligente mesmo é essa coisa de viver, porque um belo dia se aprende. Aprende que não adianta se importar, algumas pessoas não vão te amar. Talvez, você chore por isso, mas a vida vai mostrar que ela sabe passar. Aprende que todo mundo vai embora, mais cedo ou mais tarde. Aprende que algumas coisas precisam acontecer para que se fique mais forte. Você compreende que força não é o quanto você consegue derrubar e sim até que ponto se é capaz de resistir. Entende que sempre há duas opções: a certa e a errada, a primeira em sua maioria, dói no início e alivia no final. A segunda inverte a lógica das coisas, sacia a vontade e acalma na hora do desejo, mas a tormenta vem logo pela manhã. Mas, o tempo ensina a dizer não para as coisas efêmeras e escolher o caminho onde a paz é a recompensa não mais se torna um sacrifício. Conseguimos assumir de uma vez por todas o controle sobre o coração, e isso não significa a autonomia de escolher por quem vamos nos apaixonar, mas podemos sim decidir por quem vamos sofrer. Hoje em dia é assim, deixo doer, no máximo três dias e depois acabou a festa, coração, hora de se levantar e encarar a rotina. Dá até para determinar quem fica e quem sai, é só analisar o que é bom pra gente, e coragem descobrimos lá no fundo. Nem tudo que a gente quer, que a gente insiste é sadio para a nossa vida, às vezes o hábito nos trai e necessidade mesmo é só o amor. Se você não conseguir se apaixonar por ninguém, então apaixone-se por você, é melhor ainda. Quando a vida for tão simples quanto parece, você vai entender o quão inteligente é essa coisa toda de aprender.'

Steve Jobs

Steve Jobs 


[Discurso na Universidade de Stanford]
Você tem que encontrar o que você ama

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.


A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.


Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro."


Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.


Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.


Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.


Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.


Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.


Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.


De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.


E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.


Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale do Silício.


Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.


A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.


Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.


Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último." Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.


Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.


Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.


Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.


Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.

Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.


Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.


O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.

E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.


Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.


Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
"Continue com fome, continue bobo."


Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.



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Steve Jobs deixou um legado muito maior do que se imagina. Poucas pessoas na história conseguiram, em tão pouco espaço de tempo (se levarmos em conta o lançamento do primeiro computador Apple, na década de 70), apresentar soluções tecnológicas que influenciaram de forma decisiva na vida das pessoas. 

Seu principal legado que deixa ao mundo é o seu desejo incansável de marcar o seu lugar na história como agente de mudança. Poucas pessoas mudaram tanto a forma das pessoas verem o mundo como Jobs. O “pense diferente” que a Apple pregou por anos pode ser adotado de várias formas. Não só para adquirir um produto com uma interface gráfica amigável, ou um design diferenciado. Jobs buscou obsessivamente oferecer ao usuário uma experiência diferente do que o convencional. Buscou o inovador, o revolucionário. Pensou sempre vários passos a frente do que o hoje, e o reflexo disso é a tecnologia que a Apple apresentou nos últimos 10 anos.

Mas, o mais importante: a grande lição que Jobs deixa é que não se deve ficar na zona de conforto de ser “mais um”. Jobs se destacou porque foi singular. Porque acreditou nas suas idéias e perspectivas de futuro. O maior legado de Jobs e a mensagem que aqueles que pensam diferente, marcam o seu lugar na história.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Meningite

Conheça a doença
A meningite é uma doença que consiste na inflamação das meninges - membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Ela pode ser causada, principalmente, por vírus ou bactérias. O quadro das meningites virais é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. Entretanto, a bacteriana é altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a doença meningocócica a mais séria. Ela pode causar inflamação nas meninges e, também, infecção generalizada. 

Sintomas: Febre alta, rigidez na nuca, dor de cabeça, manchas na pele, confusão mental, dor de garganta e vômitos.
Transmissão: Geralmente a transmissão da meningite C ocorre através do contato com as secreções respiratórias de uma pessoa infectada. Tosse, saliva, espirro são fatores de risco.
DiagnósticoO diagnóstico da meningite C é feito através da analise de um liquido retirado da espinha (liquor). Este exame é feito rapidamente, o que possibilita a elaboração de um plano de intervenção da forma mais rápida possível.
Tratamento: O tratamento para meningite C deve ser feito em ambiente hospitalar, através de antibióticos intravenosos específicos. É necessário repouso e o monitoramento intensivo do paciente.Prevenção: Existem vacinas que ajudam na prevenção da meningite C que são administradas a partir dos 2 meses de idade e protege durante longa duração.Outras medidas preventivas são: Evitar o contato com pessoas infectadas, lavar as mãos freqüentemente, evitar compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal.

Surto na Bahia
A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou nesta segunda-feira (12) um surto de meningite do tipo C (forma mais grave da doença) no Estado. A secretaria informou que sete casos da doença foram registrados na região desde o último dia 4. Dos sete contaminados, três morreram e quatro estão internados. O número, de acordo com especialistas, aponta para um surto.
Todos os casos de meningite registrados na Bahia se concentraram no Complexo Hoteleiro de Sauípe – na Costa Norte do estado. A região é uma das mais procuradas por turistas brasileiros e estrangeiros e onde ocorre o campeonato de tênis Brasil Open. Isso se deve porque a doença é transmitida pelo ar.


No Espírito Santo a situação da doença é controlada, mas a população deve tomar cuidados para evitar. De acordo com a Sesa, no ano de 2010 foram registrados 43 casos de meningite, que levaram à morte de 10 pessoas.
Neste ano a quantidade de registros é menor proporcionalmente até setembro com 25 casos, mas a quantidade de infecções pela forma mais grave da doença é quase a mesmo do ano passado, com oito óbitos.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.