quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Corrupção: uma doença na política brasileira
Ao contrário do que pensa o ingênuo senso comum, não se pode afirmar que o brasileiro seja mais corrupto do que os membros de outras sociedades do mundo ocidental. A corrupção é comum para pessoas que têm acesso ao poder. Isso não é uma característica do Brasil.
Apesar de não existirem pesquisas fazendo este tipo de comparativo, ninguém pode dizer que o Brasil tenha mais corrupção dentro dos escalões do governo e entre seus funcionários públicos, do que em outros países. O que faz o Brasil ser Brasil, no contexto de tantas outras nações, não é a existência da corrupção, mas a falta de mecanismos mais eficientes de investigação e punição.
Nesse sentido, todas as escalas da estrutura do poder público no Brasil precisam, com certeza, de mecanismos de avaliação e também de punição mais eficientes. Todavia, essa constatação não deve servir para ratificar o entendimento simplista de que para acabar com a corrupção basta identificar, expurgar, punir os corruptos, pois uma laranja podre numa caixa estraga todas as outras.
Será que o governo, nas suas diversas esferas de poder, municipal, estadual ou federal, não é culpado por tantos servidores envolvidos com esse crime? É preciso refletir sobre isso, porque o fato de se livrar dos maus policiais, punindo, expulsando ou, até mesmo, matando, caso onde cabe bem o ditado: “cortar na própria carne”, de per si não proporcionará uma boa polícia.[...]
Por ANTONIO JORGE FERREIRA MELO, retirado do site http://aqueimaroupa.com.br
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